Brasil

Mais de 700 mil crianças trabalham em carvoarias e no corte de cana

Em 2019, cerca de 706 mil crianças e adolescentes, entre 5 e 17 anos de idade, estavam ocupadas nas piores formas de trabalho infantil, segundo a PNAD Contínua: Trabalho das Crianças e Adolescentes, divulgada nesta quinta-feira (17) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

De acordo com o IBGE, as piores formas de trabalho infantil incluem atividades como a operação de tratores e máquinas agrícolas, o beneficiamento do fumo, do sisal e da cana-de-açúcar, a extração e corte de madeira, o trabalho em pedreiras, a produção de carvão vegetal, a construção civil, a coleta, seleção e beneficiamento de lixo, o comércio ambulante, o trabalho doméstico e o transporte de cargas são algumas das atividades elencadas.

Em 2016, o contigente de crianças e adolescentes nestas atividades era de 933 mil. Ou seja, de lá para cá, o Brasil registrou queda nesse número. Percentualmente, 51,2% das crianças que trabalhavam estavam em atividades perigosas há quatro anos. Já em 2019, esse percentual ficou em 45,9%. O IBGE ressalta que qualquer forma de trabalho é proíbida no país para quem tem até 13 anos.

Entre as crianças de 5 a 13 anos, o número de menores de idade que trabalhavam com as atividades consideradas como as piores também teve queda, de 71,4%, para 65,1% no período. 

Nos grupos etários, a maior estimativa estava na faixa de pessoas de 5 a 13 anos de idade (65,1%); porém, reduzindo nos grupos de 14 e 15 anos (54,4%) e de 16 e 17 anos (40,2%).

O IBGE afirma que nem toda atividade é considerada como trabalho infantil e destaca que se enquadram no termo todos com idade entre 5 e 17 anos que trabalham em atividade econômica ou de autoconsumo que seja “perigosa ou prejudicial para a saúde e desenvolvimento mental, físico, social ou moral das crianças e que interfere na sua escolaridade”. R7