Pernambuco

Oito casos e duas prisões por importunação sexual são registrados no carnaval de Pernambuco

No primeiro carnaval com a lei de importunação sexual em vigor, Pernambuco registrou oito crimes do tipo, entre a sexta (1º) e a quarta (6). Dois casos resultaram em prisão e outros seis estão em investigação.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (8) pela Secretaria de Defesa Social (SDS). O governo também divulgou estatísticas sobre homicídios e roubos e fez um balanço da Operação Carnaval em 2019.

Em vigor desde setembro de 2018, a lei classifica como crime os atos libidinosos na presença de alguém e sem seu consentimento, como toques inapropriados ou beijos “roubados”. A pena para quem praticar esse tipo de crime vai de um a cinco anos de prisão.

“Não tem como a gente fazer um comparativo com o ano anterior, mas criamos um novo processo com a Polícia Civil para fazer esses atendimentos e em dois casos conseguimos identificar o autor e realizar a prisão”, afirma o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Antônio de Pádua. Uma das prisões ocorreu no Recife e, segundo a SDS, o homem está com uma tornozeleira eletrônica.

Ainda no quesito violência contra a mulher, a SDS divulgou o registro de dez homicídios contra vítimas do sexo feminino, ao longo de fevereiro de 2018.

“Esse é o menor número da série histórica dos meses de fevereiro desde 2005”, diz Pádua. Em fevereiro de 2018, houve 26 casos do mesmo tipo, o que representa uma redução de 62%.

Homicídios

Em 2019, a Operação Carnaval foi realizada entre a sexta (1º) à quarta (6). Foram dois dias a mais do que em 2018, quando o trabalho integrado das polícias ocorreu do Sábado de Zé Pereira até a Terça-Feira Gorda.

Na comparação entre os dois períodos em que houve operação, o estado manteve o número de homicídios e registrou 62 casos de Crimes Violentos Letais Intencionais, em cada um dos carnavais.

Dos homicídios registrados pela SDS, dois deles ocorreram em focos de folia. Um deles aconteceu em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, e o outro foi registrado em São Joaquim do Monte, no Agreste do estado.

No geral, os números são interpretados de forma positiva pela secretaria. “Tivemos um carnaval muito seguro. Iniciamos o planejamento em novembro de 2018, construindo trabalhos integrados com os blocos e com as troças”, diz o secretário de Defesa Social.

Na comparação entre os períodos compreendidos entre a sexta-feira da prévia e a Quarta-Feira de Cinzas dos dois anos, houve uma redução de 9,2% no número de homicídios.

Em 2018, foram 87 casos, contra 79, em 2019. A ampliação da operação foi definida por meio de uma portaria do secretário Antonio de Pádua. Em 2020, a Operação Carnaval deve manter o período de seis dias.

Roubos durante o carnaval

Quando comparados os números dos roubos registrados entre o Sábado de Zé Pereira e a Terça-Feira Gorda, em 2018 e 2019, houve uma redução de 48,6%, entre os dois anos.

Enquanto houve registro de 1.303 roubos, em 2018, foram contabilizados 670 crimes do mesmo tipo, em 2019. Segundo a SDS, a estatística de Crimes Violentos contra o Patrimônio engloba pessoas, residências e estabelecimentos comerciais.

Na comparação dos números do período compreendido entre a sexta-feira e a Quarta de Cinzas, houve uma redução de 42,2%, entre 2018 e 2019.

No período em questão, foram contabilizados 1900 roubos, no carnaval do ano passado, enquanto que, em 2019, foram 1099 crimes do mesmo tipo.

Fonte: G1-PE

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